Para os cinéfilos de plantão, aqui estão algumas dicas de filmes franceses. Fiquem a vontade para acrescentar novos filmes e/ou fazer críticas sobre os que vocês já assistiram.
Camille
Vaillant (Noémie Lvovsky) conheceu Eric (Samir Guesmi) aos 16 anos. Ele
foi o primeiro e o último homem em sua vida. Eles se apaixonaram
loucamente e, ainda na adolescência, tiveram uma filha. A mãe de Camille
nunca soube que seria avó, pois morreu poucas horas antes dela lhe
contar. Anos depois, Eric troca Camille por uma mulher mais jovem. Às
vésperas do Ano Novo, Camille, de repente, se vê novamente no passado,
aos 16 anos, e reencontra seus pais, sua casa de infância, sua escola,
seus amigos, seus professores e Eric.
Os intocáveis. (Les intouchables) 2011
Não recomendado para menores de 14 anos
Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um
grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele
decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a
menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele
aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por
sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um
pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabele, com cada um
conhecendo melhor o mundo do outro.
Nathalie (Audrey Tautou) é jovem, bonita, tem um casamento perfeito e
leva uma vida tranquila, com tudo no lugar. Contudo, quando seu marido
vem a falecer após uma acidente, seu mundo vira de cabeça para baixo.
Para superar os momentos tristes, ela decide focar no trabalho e deixa
de lado seus sentimentos. Até o dia em que ela, sem mais nem menos,
tasca um beijo em Markus (François Damiens), seu colega de trabalho e os
dois acabam embarcando numa jornada emocional não programada, revelando
uma série de questões até então despercebida por ambos, o que os leva a
fugir para redescobrir o prazer de viver e entender melhor esse amor
récem-descoberto.
Os infiéis. (Les infidèles) 2011 Direção: Jea Dujardin, Gilles Lellouche, Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Michel Hazanavicius, Eric Lartigau, Alexandre Courtès, Jan Kounen.
Não recomendado para menores de 16 anos
A infidelidade masculina analisada a partir do ponto de vista de sete
diretores: Michel Hazanavicius, Gilles Lellouche, Jean Dujardin,
Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Eric Lartigau e Alexandre Courtès. Cada
um deles é responsável por uma esquete, que passa por uma conferência de
hotel e também um grupo de apoio para viciados em sexo.
Quando criança Gabrielle (Audrey Tautou) é deixada, junto com a irmã Adrienne (Marie Gillain), em um orfanato. Ao crescer ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan (Benoît Poelvoorde), que passa a ser seu protetor. Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel (Alessandro Nivola), ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com as roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época.
Malik El Djebena (Tahar Rahim), um homem meio árabe e meio córsico, foi
condenado a seis anos de prisão. De aparência frágil e com apenas 19
anos, ele chega à penitenciária sozinho. Logo recebe uma série de
missões a serem cumpridas, ordenadas por César Luciani (Niels Arestup), o
líder da facção dos córsicos. Aos poucos conquista a confiança de
todos, a qual usa para pôr em ação seu plano.
Bem-vindo ao Norte. (Bienvenue chez le Ch'tiz) 2008 Direção: Dany Boon
Para fazer a vontade à sua mulher Julie, que se encontra bastante
deprimida, o administrador dos correios Philippe Abrams (Kad Merad) faz
tudo para conseguir transferência para o soalheiro Sul de França. Mas
quando Philippe é apanhado a fazer vigarices para conseguir o novo
lugar, o castigo não podia ser pior: para pagar as suas asneiras ele
terá de trabalhar durante três anos, na estação dos correios de Nord Pas
de Calais, uma das regiões mais industriais e frias do País. Depressa,
porém, ele vê-se a passar bons momentos com os afáveis e bem-humorados
habitantes do Norte, acostumando-se à sua peculiar cozinha e até mesmo a
aprender o dialecto local, o incompreensível Ch’ti...
Enquanto o Sol não vem. (Parlez-moi de la pluie) 2008 Direção: Agnes Jaoui
No sul da França, Florence está começando a guardar as roupas e objetos
de sua mãe, morta há um ano. Nesta casa moram também o marido, os filhos
e Mimouna, a empregada argelina, junto de seu filho Karim. Por causa
das próximas eleições, Agathe Villanova, a irmã feminista de Florence,
volta à casa da família, em um ambiente rural que ela detesta. Esta
militante acabou de entrar no mundo da política, apenas porque o sistema
de cota exigia maior presença de mulheres. Aproveitando essa visita,
Karim é convencido a fazer um documentário sobre mulheres de sucesso,
mas existe um problema: Karim detesta Agathe, e tem grandes dificuldades
em não transmitir seu desprezo no filme que está preparando.
O escafandro e a borboleta. (Le Scaphandre et le Papillon) 2007
A extraordinária história real de Jean-Dominique Bauby, editor da
revista ELLE que, aos 43 anos, sofreu um derrame que paralisou todo seu
corpo, com exceção do seu olho esquerdo. Preso em um corpo sem
movimento, mas completamente lúcido, ele se adapta para contar sua
incrível história de vida.
VENCEDOR de 2 prêmios no Festival de CANNES 2007: Julian Schnabel, Melhor DIRETOR - Janusz Kaminski, Technical Grand Prize
Vencedor Globo de Ouro 2008: Melhor Diretor (Julian Schnabel) e Melhor Filme Estrangeiro
Com Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny
Direção Julian Schnabel - Gênero: Drama - Duração 112 min
VENCEDOR de 2 prêmios no Festival de CANNES 2007: Julian Schnabel, Melhor DIRETOR - Janusz Kaminski, Technical Grand Prize
Vencedor Globo de Ouro 2008: Melhor Diretor (Julian Schnabel) e Melhor Filme Estrangeiro
Com Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny
Direção Julian Schnabel - Gênero: Drama - Duração 112 min
Edith Piaf - Um hino ao amor. (Edith Piaf - un hymne à l'amour). 2007 Direção: Olivier Dahan.
A vida de Edith Piaf (Marion Cottilard) foi sempre uma batalha.
Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na
Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se
milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona
aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um
dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco. A vida sofrida
é coroada com o sucesso internacional. Fama, dinheiro, amizades, mas
também a constante vigilância da opinião pública.
Canções de amor. (Chansons d'amour) - Musical - 2007
O jovem jornalista Ismaël (Louis Garrel) namora Julie (Ludivine
Sagnier), que convida sua amiga Alice (Clotilde Hesme) para morar com o
casal. Os três passam a andar juntos pela cidade de Paris, festejar e
dividir momentos de intimidade na cama. Apesar de todo entusiasmo, o
relacionamento à três vai gerar algumas crises de ciúmes. A vida de cada
vértice deste triângulo amoroso vai mudar radicalmente após uma
tragédia.
O tempo que resta. (Le temps qui reste) 2005
Otimo filme de 2005. Romain
(Melvil Poupaud) é um fotógrafo de moda bem-sucedido. O problema é que
ele está lutando contra um câncer. Enquanto percebe que está cada vez
mais perto da morte, ao mesmo tempo em que se recusa a fazer
quimioterapia, ele passa a tratar mal todos que estão ao seu redor, como
o companheiro, os pais e a irmã.
Eterno amor. (Un long dimanche de fiançailles). 2004 Direção: Jean-Pierre Jeunet
Após o término da 1ª Guerra Mundial, a jovem Mathilde (Audrey Tautou)
aguarda notícias sobre Maneth (Gaspard Ulliel), seu noivo. Mathilde fica
sabendo que Maneth fez parte de um grupo de cinco soldados que,
individualmente, provocaram sua própria mutilação, para que deixassem a
frente de batalha da guerra. Os cinco são condenados à morte pela Corte
Marcial e, após serem levados a uma trincheira francesa, são deixados à
morte no território existente entre o local em que estavam e a
trincheira alemã. Apesar de todos serem considerados mortos pelo
exército francês, Mathilde acredita que Maneth está vivo e inicia, por
conta própria, uma busca por pistas que confirmem isto.
Amor ou consequência. (Jeu d'enfants) 2003
Tudo começa quando Julien, ainda criança, oferece a Sophie uma lata em
forma de carrossel. A partir deste momento estão dependentes do outro
para sempre. Cada vez que um devolve a lata ao companheiro, este tem que
cumprir uma tarefa. Se no início são provas inocentes da amizade que
nutrem, começam rapidamente a tornar-se provas de amor. Quanto mais
longe vão, mais intenso é o seu amor, mais perversas são as tarefas.
O fabuloso destino de Amélie Poulain. (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain) 2001
Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente
Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre,
onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa
escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo
morador, decide procurá-lo e é assim que encontra Dominique (Maurice
Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a
moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a
partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam,
vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente
falta de um grande amor.
La verité si je mens. 1997 Direção: Thomas Gilou
Eddie atravessa uma fase ruim até que recebe uma proposta de trabalho de
Victor Benzakem, que o tomara por judeu. Deixando o dito pelo não dito,
ele acaba frequentando um lar caloroso e apaixona-se por Sandra, a
filha de Victor. Tendo conseguido finalmente conquistá-la, Eddie se trai
durante os preparativos do casamento...
Gênero: comédia Prêmios : Prêmio do Público (Alpe d'Huez), indicações (César, 1998).
Gênero: comédia Prêmios : Prêmio do Público (Alpe d'Huez), indicações (César, 1998).
A cidade das crianças perdidas. (La cité des enfants perdus). 1995 Direção: Jean-Pierre Jeunet, Marc Caro.
Krank (Daniel Emilfork) envelhece numa nebulosa torre aquática por não
poder sonhar e tenta resolver a sua limitação sequestrando as crianças
das cidades vizinhas para lhes roubar os sonhos. One (Ron Perlman), um
caçador de baleias, forte como um cavalo, sai em busca de Denree, seu
irmão mais novo que fora sequestrado pelos homens de Krank. Com a ajuda
da menina Miette (Judith Vittet), logo eles chegam na cidade das
crianças perdidas.
O ódio. (La haine) 1995 Direção: Mathieu Kassovitz
Filmado
no estilo cinema-verdade, O Ódio acompanha um dia na vida de três
jovens alienados, propensos a violência , que moram no mesmo conjunto
habitacional de Paris. Vinz, que é judeu, é o mais raivoso e menos
inteligente dos três. O norte-africano Ssaid é mais calmo, mas também o
mais desesperado a respeito do futuro. Hubert é negro, e o mais maduro,
que canaliza a sua raiva através do boxe. Os três passaram a noite toda
em conflito com a policia, depois que Abdel Ichah, um árabe de 16 anos e
amigo deles, fica em coma após ser espancado durante um interrogatório.
Mas um caso de abuso de poder, mais um motivo. Embora os três tenham
sido tomado pela ira, um cuida do outro para manter o controle. Mas tudo
muda quando Vinz encontra um revolver carregado... agora eles viverão o
dia mais importante de suas vidas.
Van Gogh - 1991
O filme de Maurice Pialat segue apenas os dois últimos meses da
vida do grande pintor Vincet Van Gogh (Jacques Dutronc) em Auvers-sur-Oise,
em 1890. Ele fica na casa do Doutor Gachet (Gérard Sety) e tem
relações amorosas com sua filha, Margueritte (Alexandra
London). Pouco compreendido por seus contemporâneos, que não
entendem seus comportamentos nem sua pintura, Vincent Van Gogh se desentende
com seu irmão Theo (Bernard Le Coq) e se suicida pouco depois.
Fugindo da armadilha dos filmes biográficos de tendência mais acadêmica e sisuda, Van Gogh toma algumas liberdades em relação à vida documentada do pintor. Inspirando-se largamente na pintura impressionista de Auguste Renoir, Manet e Toulouse-Lautrec, a fotografia do filme ajuda a compor o retrato de um artista frágil, de personalidade instável, cuja loucura principia não de um desarranjo mental, mas da falta de compreensão das pessoas próximas a ele. Filmado sem música ou grandes pompas, Van Gogh retrata a vida íntima e cotidiana do pintor, preferindo filmar a poesia do instante que passa a cair no melodrama fácil das "biografias filmadas". Maurice Pialat, que pintava antes de começar a carreira cinematográfica, realiza uma homenagem de pintor para pintor.
Fugindo da armadilha dos filmes biográficos de tendência mais acadêmica e sisuda, Van Gogh toma algumas liberdades em relação à vida documentada do pintor. Inspirando-se largamente na pintura impressionista de Auguste Renoir, Manet e Toulouse-Lautrec, a fotografia do filme ajuda a compor o retrato de um artista frágil, de personalidade instável, cuja loucura principia não de um desarranjo mental, mas da falta de compreensão das pessoas próximas a ele. Filmado sem música ou grandes pompas, Van Gogh retrata a vida íntima e cotidiana do pintor, preferindo filmar a poesia do instante que passa a cair no melodrama fácil das "biografias filmadas". Maurice Pialat, que pintava antes de começar a carreira cinematográfica, realiza uma homenagem de pintor para pintor.
A nossos amores. (A nos amours). 1983 Direção: Maurice Pialat
O filme é sobre a instabilidade. Não exatamente “sobre” este
assunto, como se esse fosse seu “conteúdo”, mas principalmente
“sobre” no sentido de estar “em cima de”: sua base é essa, movediça,
onde tudo pode mudar, desaparecer, ou ser tragado a qualquer segundo.
Nada aqui parece ser capturável, fixado em alguma categoria, segmento,
ou sentido que possa conter o grande fluxo de energia que transcorre
em seus pouco mais de noventa minutos. Pialat aceita os mistérios
da magnífica Sandrine Bonnaire (numa das mais notáveis performances
de estréia da historia do cinema), e aposta na sua força, na sua
presença. Somos guiados como por uma bússola, e nosso olhar a
segue aonde quer que ela vá. A narrativa se entrega a Suzanne
e todas as suas variações e movimentos.
Sem
se importar com qualquer convenção estabelecida pela sociedade, dois
jovens passam o tempo perambulando pela cidade, molestando mulheres,
praticando assaltos, entre outros crimes. Um filme anárquico, ousado e
irreverente, passado na contra-cultura dos anos 70, com um grande elenco
estrelado por Gerard Depardieu em início de carreira.
O demônio das onze horas. (Pierrot le fou) 1965 Direção: Jean-Luc Godard
Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) está entediado com a sociedade
parisiense. Certa noite, ele deixa a esposa em uma festa e volta sozinho
para casa, onde encontra uma antiga amiga, Marianne Renoir (Anna
Karina), trabalhando como babá dos seus filhos. No dia seguinte, ele
aceita fugir com a bela para o Mediterrâneo, mas o casal vai ser
perseguido por mafiosos.
Antoine Doinel é um garoto de 14 anos. Seus pais não lhe dão muita
atenção, então ele mata aula para ir ao cinema e sair com seus amigos.
Certo dia, ele descobre que sua mãe tem um amante. Este é o primeiro
longa de Truffaut, considerado um dos diretores europeus mais
importantes de todos os tempos.
Meu tio. (Mon oncle) 1958
Neste filme, Tati satiriza de modo genial a "vida moderna", nomeadamente
a arquitectura modernista de que a casa do filme (feita a partir de uma
colagem de casas reais) é uma brilhante caricatura. É também o filme em
que Tati corta definitivamente as amarras com o naturalismo na banda
sonora. E Tati faz do seu Hulot uma criança grande conduzindo as mais
pequenas à descoberta do mundo e dos pequenos prazeres.
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